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quarta-feira, junho 4

Casamentos inéditos!











Dois casais, um formado por dois homens e o outro formado por duas mulheres casaram-se numa cerimónia civil realizada na Grécia. A surpresa mundial é que o casamento foi autorizado e celebrado pelo Presidente da pequena Ilha de Tilos.

Desafiando a ordem da Procuradoria Geral da Grécia, e apesar das ameaças dos Cristãos Ortodoxos, o Presidente da Ilha de Tilos, Tassos Aliferis, realizou ontem os dois primeiros casamentos gays do País, no escritório da Câmara.

Aproveitando uma brecha na lei grega, que não especifica o género dos envolvidos em matrimónio, os dois casais, um gay e um lésbico, uniram-se graças à iniciativa do Presidente Aliferis.

O Procurador do Supremo Tribunal, Giorgos Sanidas, disse que a Constituição da Grécia define o casamento como a união entre um homem e uma mulher. Ele encaminhou às autoridades um documento com o texto do Artigo 21 da Constituição que fala do casamento e escreveu: "portanto, casamento entre pessoas do mesmo sexo é ilegal."

Em Março deste ano, activistas alertaram as autoridades sobre uma lei de 1982 que define o casamento como a união "entre duas pessoas" sem definir o sexo. A partir disso, os casais começaram a mobilizar-se para oficializar a união. O grupo OLKE, de defesa da diversidade sexual anunciou que vai divulgar a interpretação dessa lei.

"Estamos muito felizes por termos encontrado alguém que realizasse nosso sonho", disse Evangelia Vlami, uma das recém-casadas e porta-voz da ONG 'Greece Gay and Lesbian Community' (OLKE). "Estou orgulhosa por ser a primeira lésbica grega a casar", completou.

Autoridades do governo local criticaram o Presidente e consideraram a cerimónia ilegal. O Presidente Newlywed Evangelia Vlami disse à reportagem da BBC depois da cerimónia: "a partir deste dia, a discriminação contra gays na Grécia começa a ter fim. Nós realizamos esta cerimónia para encorajar outros homossexuais a fazer o mesmo."


Vlami afirmou que, por medo de a cerimónia ser interrompida, o casamento foi realizado logo pela manhã, bem cedo, e que os detalhes foram mantidos em segredo até o momento da assinatura dos documentos.

Um Ministro da Justiça, que não quis ser identificado, disse que os casamentos são ilegais e que todos os envolvidos serão processados, inclusive o Presidente.

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